Investimento em Ações
O investimento em ações não é muito comum entre a grande maioria dos brasileiros, que o considera muito arriscado e para grandes investidores.
Em contrapartida, é grande o número de pessoas que empregam todas as suas economias na criação de um negócio próprio. Onde afinal é maior o risco?
Para a criação de sua própria empresa, é necessário muito conhecimento, experiência, disposição, dedicação, e sobretudo, capacidade financeira de bancar eventuais imprevistos e manter a empresa em operação mesmo que o retorno esperado ainda não tenha acontecido.
A maior parte tem baixíssimo grau de liquidez, sendo quase impossível ao empreendedor salvar alguma parte do seu capital caso o negócio não tenha sucesso, não sendo raro o acúmulo de dívidas.
Ao passo que, com o avanço tecnológico, hoje é possível operar a bolsa de valores (comprar e vender ações) com quantias muito baixas de dinheiro, elevado grau de controle de risco, acompanhando cotações e saldos pela internet, como se estivéssemos fazendo uma transação bancária qualquer. O investidor tem total controle sobre suas operações, decide o momento de compra e venda, conseguindo assim um gerenciamento de risco como em nenhum outro negócio. Cabe ao investidor definir seus ganhos e suas perdas, e trabalhar dentro destes parâmetros.
Estar na bolsa de valores é uma oportunidade inigualável de ser sócio de uma empresa, empregando a quantia que quiser ou puder, recebendo dividendos, e tendo ainda a opção de “abandonar” esta empresa a qualquer tempo, quando lhe for conveniente. Apesar de ser um investimento de longo prazo, tem um alto grau de liquidez.
As corretoras de valores mobiliários disponibilizam para o investidor sistemas eletrônicos para negociação de valores mobiliários, chamados de Home Broker. A negociação de ações através do Home Broker obedece às mesmas regras aplicáveis às operações tradicionais em bolsas de valores. A corretora é obrigada a informar aos seus clientes todos os dispositivos e regras de negociação.
Gestão do Dinheiro
Antes de qualquer coisa, é preciso ter em mente que a Bovespa não é uma entidade beneficente, onde os mais ricos ajudarão os mais pobres. Ao contrário, todos querem ganhar, e para um ganhar, outro tem que perder, não tem como ser diferente.
Portanto, a primeira preocupação de qualquer investidor deve ter é de preservar ao máximo seu capital, sem se aventurar em operações precipitadas e mal planejadas, pois o resultado na maior parte das vezes será desastroso. Não se empolgar com a sorte de principiante, pois ela não funciona muitas vezes.
Uma recomendação de Alexander Elder, autor do livro “Como se Transformar em um Operador de Sucesso”, é de arriscar no máximo 2% do seu capital.
O investidor deve, acima de tudo, dominar ao máximo suas emoções e saber agir racionalmente e seguindo suas estratégias pré-definidas.
Definir estratégias é definir os objetivos, entradas e saídas, ganhos e prejuízos, e de fato ser fiel a eles. Ser frio e racional ao analisar suas operações, e não se tornar um “torcedor”.
Simulados
Começar a operar nos simulados ajuda muito os investidores iniciantes.
A BM&FBOVESPA em parceria com a Folha de S.Paulo, disponibiliza um sistema gratuito que é um simulado da bolsa, onde os participantes tem a oportunidade de conhecer o mercado de ações na prática.
O participante terá uma carteira teórica, que poderá negociar à vontade, e verificar seus resultados. Obviamente, não é a mesma coisa que operar de verdade, pois na prática existem algumas situações que não estão no simulado, mas já é um primeiro contato.
Todo investimento em mercado de renda variável é de risco e ganhos obtidos anteriormente não são garantia de ganhos no futuro.